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segunda-feira, 17 de março de 2008

Filmes

Estes são os três filmes que mais me impressionaram e emocionaram.
São obras especiais pelo seu valor qualitativo e pelos seus enredos aliciantes e inesquecíveis.

O Clube Dos Poetas Mortos


Um dos mais sensíveis filmes do realizador australiano Peter Weir, O Clube dos Poetas Mortos trata de um grupo de jovens numa escola tradicional e conservadora, de New England, nos anos 50. Um novo professor de inglês (num dos mais memoráveis desempenhos de Robin Williams), com métodos pouco convencionais, vem abalar as convicções dos jovens estudantes. Estes são influenciados pelas ideologias liberais e que os impelem a criar algo seu, de forma a deixarem uma marca própria no mundo. A poesia é assim a forma de expressão mais nobre dos sentimentos. Por todo o filme, vários são os apelos do professor para que os jovens não desperdicem cada dia. A expressão latina Carpe Diem, surge assim como o mote para uma história que relata não só esta filosofia, mas também a dificuldade de afirmarem os seus desejos futuros devido à imposição conservadora quer dos pais, quer da escola. O personagem Neil (Robert Sean Leonard) é o exemplo paradigmático disso mesmo, apesar de ter o apoio do seu colega de quarto Todd (Ethan Hawke), acaba por se suicidar por não conseguir convencer o pai a aceitar o seu talento para o teatro (impondo-lhe a medicina). Esta obra pode ser considerada como um marco contemporâneo, enaltecendo a lealdade, a poesia, os sentimentos e a vontade de sugar todo o tutano da vida. Foi nomeado para os Óscares nas categorias de Melhor Actor e Melhor Argumento Original.
A Vida é Bela

Nunca o cinema italiano se viu catapultado para tão altos voos. Este épico, que conta a história de um homem apaixonado pela sua esposa e pelo seu filho e que resolve encarar a Segunda Guerra de uma forma peculiar – como um enorme jogo – para poupar o seu descendente, emocionou meio mundo, inclusivamente a poderosa América, onde chegou, viu e venceu (Óscares para Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Actor). É uma obra fascinante, rica em emoções e que procurou traçar uma forte crítica ao xenofobismo nazi, ao mesmo tempo que sublimou os sentimentos humanos. Roberto Benigni (realizador, produtor e actor) revelou-se e contribuiu para a internacionalização do conceituado cinema europeu.


A Lista de Schindler


A inusitada história de Oskar Schindler (Liam Neeson), um sujeito oportunista, sedutor, “armador”, simpático, comerciante no mercado negro, mas, acima de tudo, um homem que se relacionava muito bem com o regime nazista, tanto que era membro do próprio Partido Nazista (o que não o impediu de ser preso algumas vezes, mas sempre o libertavam rapidamente, em razão dos seus contatos). No entanto, apesar dos seus defeitos, ele amava o ser humano e assim fez o impossível, a ponto de perder a sua fortuna mas conseguir salvar mais de mil judeus dos campos de concentração.
Premiações- Ganhou 7 Oscars: Melhor Filme, Melhor Director, Melhor Fotografia, Melhor Direcção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Edição e Melhor Roteiro Adaptado. Recebeu ainda outras 5 indicações: Melhor Actor (Liam Neeson), Melhor Actor Coadjuvante (Ralph Fiennes), Melhor Figurino, Melhor Som e Melhor Maquilhagem.

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